A defesa do meio ambiente começa conosco,
com nossa saúde, com nossa integridade.
Vamos comer apenas alimentos frescos
e não prejudiciais à nossa saúde
e trabalhar pela oferta de alimentos de boa
qualidade,obtidos sem agredir a natureza.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Por que os alimentos orgânicos têm um custo maior?

O alimento que chega à mesa da maioria das famílias brasileiras é plantado e cultivado à base de insumos industrializados, agrotóxicos, pesticidas e fertilizantes. Isso vale para aquela salada do almoço, para o arroz com feijão, e para um extenso cardápio de frutas e legumes (sem falar na carne dos animais que se alimentam deles).
Já os orgânicos não recebem nada disso. As técnicas tradicionais de produção são substituídas por um manejo manual e natural. O controle biológico (e não químico) de pragas, o uso do adubo verde e a compostagem evitam a poluição do solo e da água, garantindo o replantio com qualidade.No Brasil, esse tipo de atividade é dominada pela agricultura familiar e vem gerando novas oportunidades no campo, com mais autonomia aos pequenos produtores. Hoje, mais de dez mil pessoas trabalham com orgânicos. Mas o que chama a atenção é que a maior parte da produção (60%) é exportada para Europa, Estados Unidos e Japão.
A Associação de Agricultura Orgânica (AAO) incentiva e dá as primeiras orientações a quem quer fazer a mudança do cultivo tradicional para o orgânico. "Na maioria das vezes, somos consultados porque a pessoa está cansada de lidar com venenos, com agrotóxicos e quer melhorar a qualidade do solo e do meio ambiente."Para ter o selo de produtor orgânico, todo o processo deve estar integrado. É necessário fazer correções no solo e na água. E, durante a fase de adaptação, não pode parar de produzir", explica Márcio Stanziani, secretário executivo da associação.Ele fala que, com o tempo, o agricultor começa a colher as vantagens de ter uma terra mais fértil, com produção maior, sem precisar de insumos químicos e com o aumento da vida útil do solo.
Selo de certificação do produto orgânico.


CUSTOS
A produção orgânica exige mais cuidados que a tradicional. Para isso, é fundamental buscar mão de obra especializada, e ela é mais cara. A continha fica simples: os custos mais elevados de produção são repassados ao produto final, e o preço para o consumidor deixa de ser tão convidativo.Compensa o investimento saber que os orgânicos preservam a saúde dos trabalhadores, que deixam de manipular agrotóxicos e venenos.
Uma pesquisa da Universidade Federal do Paraná avaliou dez tipos de alimentos produzidos de forma orgânica. Todos apresentaram maior concentração de nutrientes e minerais, como ferro e selênio, em relação aos mesmos alimentos cultivados de forma tradicional.

Como se vê, não é só a saúde do planeta que agradece a produção ecologicamente responsável, a nossa também. 

Fonte: Revista Fúcsia - nº4 - 2011 - página 96.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

IMPORTANTE REFLEXÃO


Diante de uma crítica anteriormente lida em um blog, nós do Ecológicas Blog gostaríamos de  promover uma breve reflexão sobre a questão abordada nesta crítica cujo tema é alimentação.
A postagem dizia a respeito dos alimentos orgânicos e hidropônicos, enfatizando a crítica ao cultivo hidropônico.Lá dizia que a água utilizada na hidroponia era PURA e os nutrientes dissolvidos de forma balanceada eram anti-natural.
Primeiramente, água pura só é obtida no processo de destilação e a água utilizada na Hidroponia é Potável, já o conceito de anti-natural é uma citação muito delicada.O fato é que os nutrientes que existem no solo são os mesmos utilizados na hidroponia, as únicas variáveis são o substrato e a técnica do cultivo.
O blog abordou também críticas sobre a proteção e o controle rigoroso dos alimentos hidropônicos:
"Olhem bem como tratam o seu alimento: como um PRODUTO final. Peraí, alimento não é produto e nem deveria ser visto como tal. Não deveríamos tratar o que nos NUTRI, o que nos AMA, o que nos alimenta, como uma mercadoria que pode ser CONTROLADA RIGOROSAMENTE, cultivada FORA DO SOLO (da nossa Mãe Terra) "
O Alimento só se torna um produto quando ele faz parte de um Processo, no caso da hidroponia o alimento pronto para ser consumido é um produto final sim, pois este passou por um processo de cultivo previamente. O controle rigoroso é um meio para evitar a perda e o desperdício dos alimentos que estão sendo cultivados.
Outro aspecto importante é que não podemos pensar no alimento como apenas uma fonte de nutrição para o nosso corpo, todos os alimentos que ingerimos fazem parte de um processo que utilizam água, fertilizantes naturais ou químicos, agrotóxicos e um substrato (seja o solo ou não).Deve-se pensar na questão sócio-ambiental, na produtividade e lucro para o produtor, saúde para o consumidor e ao respeito para com o meio ambiente e a preservação dos recursos naturais.


A Hidroponia é um técnica de cultivo que estabelece produtividade, economia de água de até 80% ( pois a água é reutilizada), aproveitamento de área, alimento de qualidade e redução ou isenção do uso dos agrotóxicos por ser um cultivo protegido.


O cultivo Orgânico estabelece um equilibrio com a natureza, respeitando os limites dos recursos naturais promovendo a rotação de culturas, a compostagem, a adubação verde, entre outras técnicas.Porém este tipo de cultivo não proporciona maior produtividade, não é possível ainda cultivar uma imensa área com alimentos orgânicos.


Como iremos alimentar 7 bilhões de pessoas no mundo apenas com cultivos limitados? É necessário pensar nas pessoas e não só no meio ambiente.O nosso dever é anexar essas duas questões, de forma que os problemas sejam amenizados, a agricultura convencional degrada áreas enormes até hoje para a produção de alimentos, poluindo rios, nascentes, lençóis freáticos, empobrecendo e comprometendo o solo com a monocultura.




Pense nisso!

domingo, 12 de fevereiro de 2012

As vantagens da Hidroponia

Rúcula hidropônica - Calderaro - SP
 A hidroponia é um sistema de cultivo, dentro ou fora de estufas, onde as plantas não crescem fixadas no solo. Os nutrientes que a planta precisa para seu desenvolvimento e produção são fornecidos somente por água.
 A alface é a mais cultivada, mas pode-se encontrar: brócoli, feijão-vagem, repolho, couve, salsa, melão, agrião, pepino, beringela, pimentão, tomate, arroz, morango, forrageiras para alimentação animal, mudas de árvores, plantas ornamentais, entre outras espécies.

Quais as vantagens para o consumidor?


Já que o cultivo é feito longe do solo, as plantas não tem contaminantes desse meio, como bactérias, fungos, lesmas, insetos e vermes. As plantas são mais saudáveis, pois cresceram em um ambiente controlado procurando atender as exigências da cultura. Todo produto hidropônico é vendido embalado, não entrando em contato direto com mãos, caixas, caminhões, etc. Devido ao cultivo em ambiente fechado, o ataque de pragas e doenças é quase inexistente, diminuindo ou anulando a aplicação de defensivos. Pela embalagem você pode identificar: marca, cidade da produção, nome do produtor ou responsável técnico, características do produto e telefone de contato. Os vegetais hidropônicos duram mais na geladeira. A única possível desvantagem pode ser o preço: maior em alguns poucos centavos.

Quais as vantagens para o produtor?

Sítio NP 66 localizado em Joinville - SC.
O trabalho é mais leve e mais limpo. Não precisa realizar operações como: aração, gradeação, coveamento, capina. Não há preocupação com rotação de culturas. A produtividade e uniformidade da cultura é maior. Maior qualidade e aceitação do produto. Sem desperdício de água e nutrientes. Redução de pulverizações. Pode ser realizada em qualquer local, mesmo onde o solo é ruim para a agricultura.


Fonte: www.portalverde.com.br

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Redução do uso de Defensivos na Hidroponia

 No dia 31 de janeiro deste ano realizamos uma visita no Hidropônico Calderaro localizado em Capão Bonito - SP, a fim de conhecer a fundo o processo de uma das 3 maiores produções hidropônicas do Brasil  a maior do estado de São Paulo.
Fomos muito bem recepcionados por Luiz Fernando Calderaro, um dos dois sócios e um dos responsáveis pela produção que possui 60 mil metros de plantação com mais de 30 variedades de folhosas.
Luis Calderaro nos explicou que deve-se ter muita dedicação, um bom clima e luminosidade para o plantio hidropônico.
No Hidropônico Calderaro a matéria orgânica é evitada, há a redução de 80% do uso de agrotóxicos em relação a agricultura convencional e o cultivo é feito de forma protegida.


Processo conhecido como MIP ou PROMIP.
Para contribuir com a redução dos agrotóxicos, é adotado o MIP (Manejo Integrado de Pragas) ou PROMIP (Programa de Manejo Integrado de Pragas), processo que é feito com garrafas pets, água com tinta xadrez e cola. A água com tinta (amarelo ou azul) é colocada dentro da garrafa pet, e a cola é passada por fora da garrafa. A garrafa fica em cima das hortaliças, fazendo com que os insetos sejam atraídos para esse local, pois eles confundem a cor amarela e azul com flores.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Agrotóxico: Histórico do veneno

Os agrotóxicos foram desenvolvidos na Primeira Guerra Mundial e utilizados mais amplamente na Segunda Guerra Mundial como arma química. Com o fim da guerra, o produto desenvolvido passou a ser utilizado como "defensivo agrícola".


O primeiro veneno, o composto orgânico DDT, foi sintetizado em 1874 por Othomar Zeidler, porém só em 1939 Paul Muller descobriu suas propriedades inseticidas.O DDT era então a grande arma para acabar com o inseto propagador da malária, até que descobriu-se que ele como todos os compostos organoclorados é cancerígeno, teratogênico e cumulativo no organismo.


No pós-guerra, os vencedores articularam uma expansão dos seus negócios a partir das indústrias que haviam se desenvolvido durante o conflito, e entre elas a indústria química. Na Europa havia fome. Foi então que surgiu a "revolução verde", que visava promover a agricultura, gerando comida para os famintos do mundo.


A "revolução verde" chegou ao Brasil em meados da década de 60. Foi implantada através de imposição das indústrias de venenos e do governo brasileiro: o financiamento bancário para a compra de semente só saia se o agricultor comprasse também o adubo e o agrotóxico.


Ibama impede uso de agrotóxico para desmatar 3 mil hectares em Novo Aripuanã no AM
os galões continham material agrotóxico escondidos no meio da mata. 
Esta política levou a uma grande contaminação ambiental, sem que a fome fosse extinta. Hoje, 1/5 das crianças não ingerem a quantidade suficiente de calorias e proteínas que necessitam. E cerca de 2 bilhões de pessoas terceira parte de humanidade sofrem de anemia. A cada ano 30 milhões de pesssoas morrem de fome no mundo e 800 milhões sofrem de subalimentação crônica.


A utilização de agrotóxicos está comprometendo toda a humanidade e a vida na Terra. Os trabalhadores que manuseiam os venenos trabalham sem nenhuma proteção, não existe orientação e falta conhecimento do que fazer com resíduos e embalagens. O governo brasileiro nunca fez valer a lei de agrotóxicos que, entre outros aspectos, proíbem a comercialização de produtos que sejam cancerígenos, mutagênicos e teratogênicos.


A degradação do meio ambiente tem conseqüências a longo prazo e seus efeitos podem ser irreversíveis. Em escala planetárias, existem mais de 2 trilhões de toneladas de resíduos industriais sólidos e cerca de 350 milhões de toneladas de detritos gerados por ano.



Esse é o Brasil que queremos? Cuide da sua saúde, colabore com o meio ambiente!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Agrotóxicos e seus efeitos sócio-culturais

O Brasil é um país de território extenso e possui várias pequenas propriedades, os agricultores geralmente recebem pouca ou nenhuma informação sobre a utilização dos agrotóxicos e consequentemente sobre a sua periculosidade.


Estudos recentes nos Estados Unidos mostram que várias doenças graves têm origem na dieta alimentar, sendo os resíduos de pesticidas presentes no alimento um dos responsáveis por uma percentagem delas.



Entre 2001 e 2004 o PARA (PROGRAMA DE ANÁLISES DE RESÍDUOS E DE AGROTÓXICOS EM ALIMENTOS) analisou 4 mil amostras de alimentos.Foram detectados irregularidades no uso de agrotóxicos.Foi encontrado algum tipo de problema em 28% delas.Entre as amostras irregulares 83% dos desvios foram referentes ao uso de produtos não autorizados para determinada cultura.Nos 17% restantes os problemas estavam na quantidade se resíduos de agrotóxicos acima dos níveis permitidos pela legislação.


Devemos repensar antes de consumir os alimentos. Sejamos conscientes, a natureza nos agradece e a nossa saúde também.